Educação Infantil da rede municipal já adota cardápio sem açúcar para as crianças; o comer saudável contribui para o desenvolvimento físico, mental e social dos bebês, além de ajudar a prevenir a obesidade e outras doenças crônicas
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), do Governo Federal, estará em Ribeirão Preto nesta quarta-feira, dia 14 de maio, às 10h, no salão nobre da Prefeitura. O evento contará com uma oficina inaugural sobre o Decreto 11.821/2023, que estabelece diretrizes para a promoção de uma alimentação adequada e saudável no ambiente escolar das redes públicas e privadas da Educação Básica.
Além de representantes do MDS, o encontro reunirá membros da Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional, incluindo as Secretarias da Educação — com a presença da equipe de nutricionistas da SME —, da Saúde e da Assistência Social, além dos Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional e de Alimentação Escolar.
Segundo Helena Vassimon, nutricionista da Secretaria da Educação, o evento é de grande relevância, pois nas unidades da rede municipal as crianças já estão protegidas. “Elas recebem uma alimentação saudável, participam de ações de educação alimentar e nutricional, e há restrição ao consumo de alimentos ultraprocessados. No entanto, essa regulamentação não se estende às demais escolas. Por isso, a oficina tem como objetivo discutir a importância da criação de uma lei municipal que promova a alimentação saudável em todas as instituições de educação básica, assegurando o direito à saúde e à proteção na primeira infância”, destaca.
A Educação Infantil do município já segue um cardápio saudável, sem adição de açúcar, para as crianças de 0 a 3 anos. A alimentação nas creches contribui para o desenvolvimento físico, mental e social dos bebês e ajuda a prevenir a obesidade e outras doenças crônicas.
A preparação dos alimentos na Cozinha Piloto da rede municipal de ensino de Ribeirão Preto segue as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os Centros de Educação Infantil (CEIs), que atendem crianças de 0 a 3 anos, não utilizam açúcar desde 2021, quando as mudanças foram instituídas por meio da publicação da Resolução n° 06, de 8 de maio de 2020.
São utilizados ingredientes in natura como uva-passa, que é naturalmente doce, frutas da estação e suco integral de maçã no preparo de bolos sem adição de açúcar. O achocolatado foi substituído por cacau em pó 100%. No cardápio também estão incluídos itens como ‘bolinha de batata’ e “biscoito de polvilho”, ambos preparados nas próprias unidades escolares.
“As receitas seguem o uso de ingredientes in natura e minimamente processados, como a batata e o polvilho, e não contêm conservantes nem corantes. Conforme determina a legislação, nenhum tipo de produto ultraprocessado é incluído no cardápio dos CEIs’, afirma a chefe da Cozinha Piloto, Juliana Goulart.
São respeitadas as restrições e proibições previstas em lei. Segundo Juliana, não são ofertados refrigerantes, refrescos artificiais, bebidas ou concentrados à base de xarope de guaraná ou groselha, chás prontos para consumo, cereais com aditivos ou adoçados, balas, confeitos, bombons, chocolate em barra e granulado, biscoitos ou bolachas recheadas, bolos com cobertura ou recheio, barras de cereal com aditivos ou adoçadas, gelados comestíveis, gelatina, temperos com glutamato monossódico ou sais sódicos, maionese e alimentos em pó ou para reconstituição.
Todo preparo segue um rigoroso padrão de controle higiênico-sanitário. E a equipe técnica de nutricionistas da rede municipal realiza, constantemente, testes de novas receitas para inclusão no cardápio. A Cozinha Piloto da Secretaria da Educação atende diversas escolas, chegando a mais de 10 unidades por dia, totalizando cerca de 3.500 alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. Também presta apoio em situações emergenciais, quando alguma unidade não consegue produzir sua própria alimentação.