Pesquisa da Secretaria da Educação aponta melhora na atenção, disciplina e interação social entre alunos
Desde o início do ano letivo, a Lei Federal 15.100 proíbe o uso de celulares nas escolas de todo o país, salvo exceções por questões de saúde. Para avaliar a adesão à regra, a Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto realizou uma pesquisa com professores, coordenadores e gestores da rede. O resultado? A maioria dos profissionais percebeu melhorias na rotina escolar.
Os números falam por si: 86% dos entrevistados notaram maior atenção e concentração dos alunos em sala de aula. Além disso, 61% apontaram avanço na disciplina e 76% relataram interações sociais mais saudáveis durante os intervalos. “Os alunos voltaram a brincar e interagir nos recreios, estão mais atentos e menos agitados em sala. A medida tem sido essencial para um ambiente pedagógico mais equilibrado e maior participação nas atividades”, destaca uma professora da rede à enquete realizada pela Divisão de Gestão Pedagógica
Ainda é cedo para medir os impactos acadêmicos, mas os profissionais estão otimistas. A tendência é que os benefícios se tornem ainda mais evidentes a médio e longo prazo, refletindo no desempenho dos estudantes. Outro ponto positivo é o impacto no desenvolvimento emocional dos alunos, ajudando-os a lidar com a dependência tecnológica e a fortalecer habilidades sociais.
Apesar da boa recepção, a medida enfrenta alguns desafios. Enquanto 87% dos profissionais não registraram oposição das famílias, houve casos pontuais de resistência. Para garantir o cumprimento da regra, alunos que insistirem no uso indevido do celular serão advertidos. “Nosso objetivo é promover um ambiente propício tanto para o aprendizado quanto para o desenvolvimento pessoal dos estudantes”, ressalta o secretário da Educação, Valdir Martins.
Na manhã desta segunda-feira, 24 de março, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou a Resolução CNE/CEB nº 2/2025, que estabelece diretrizes sobre o uso de dispositivos digitais em espaços escolares. O documento permite o uso pedagógico dos aparelhos, sob mediação dos professores, mas reforça a proibição em outros momentos da rotina escolar, inclusive nos intervalos.