Em menos de 24h, 20 mil doses da vacina foram disponibilizadas para Ribeirão Preto
A Secretaria Municipal da Saúde implementou medidas diante de suspeita de febre amarela no munícipio, após quatro macacos da espécie bugio terem sido encontrados mortos no campus da USP de Ribeirão Preto em dezembro. A pasta aguarda o resultado dos exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz.
“Tivemos o conhecimento na manhã de ontem, quinta-feira. Imediatamente iniciamos o levantamento do número de vacinas, além do plano de ação. Havia 3.100 vacinas disponíveis, e por meio da articulação com o Estado e outros municípios, conseguimos mais 20 mil doses em menos de 24 horas”, afirmou o secretário Mauricio Godinho.
Na manhã desta sexta-feira (3), equipes da Vigilância Epidemiológica já iniciaram a imunização em pessoas que moram ou trabalham no campus da USP e que nunca receberam a vacina.
Dados da secretaria apontam ainda que 4 mil crianças não completaram o ciclo vacinal da febre amarela, composta por duas doses aos 9 meses e aos 4 anos de idade. “Estamos realizando uma busca ativa por essas crianças. A secretaria está entrando em contato com todas essas famílias para que as crianças sejam vacinadas. Não é preciso que a população faça filas nos postos de saúde”, disse o secretário. Após esta idade, uma única dose da vacina garante a proteção.
Atualmente, não há nenhum registro de febre amarela em humanos em Ribeirão Preto. Em áreas de mata, o vírus é transmitido pelos mosquitos silvestres Haemagogues e Sabethes e na área urbana, pelo Aedes aegypti, também transmissor dos vírus da dengue, zika e Chikungunya.
O último caso de febre amarela urbana registrado no Brasil foi em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.