Ribeirão Preto recebe exposições do artista e indígena Mayawari Mehinaku e de Rafael Costa

Ribeirão Preto recebe exposições do artista e indígena Mayawari Mehinaku e de Rafael Costa

Eventos simultâneos acontecem nos dias 18 e 19 de abril, das 9h às 21h, na Sala Clara Cauchick, no Shopping Santa Úrsula

Foto: Divulgação 

Ribeirão Preto recebe nos dias 18 e 19 de abril, das 9h às 21h, duas exposições simultâneas na “Sala Clara Cauchik”, no espaço da Secretaria da Cultura e Turismo, no Shopping Santa Úrsula. O público poderá conferir os trabalhos do artista e indígena Mayawari Mehinaku: Arte, Artesanato e Cultura Indígena e do Rafael Costa: Fotografias em exposição.

Como parte das atividades, o Cineclube Cauim apresenta o evento de pré-lançamento do documentário Xingu-Tokyo: Conexão Ancestral, dirigido por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Pedro Jezler e Rafael Costa no sábado, dia 20 de abril, às 10h30. A sessão única é aberta ao público.

O filme registra a abertura da mostra Bancos dos Povos Indígenas Brasileiros: Imaginação Humana e Fauna Selvagem realizado no Museu Metropolitano de Arte Teien de Tóquio.

Após a sessão haverá uma discussão com o tema “Arte indígena: estética e representação” com a presença de Tomas Alvim e do artista xinguano Mayawari Mehinaku, da Aldeia Kaüpuna, um dos retratados no filme.

O evento é uma iniciativa do Espaço Teias da FEARP/USP, com apoio do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto da USP, Escola de Francês Bonjour Paris, OPA Comunicação e Shopping Santa Úrsula. A exibição do documentário é uma realização do Cineclube Cauim; Editora Beī, a Coleção Beī; a produtora Tocha Filmes; a Aldeia Kaüpuna da etnia Mehinaku. 

Sobre o filme Xingu-Tokyo

O documentário Xingu-Tokyo: Conexão Ancestral registra a abertura da mostra com os bancos da Coleção BEĨ, realizada no Museu Metropolitano de Arte Teien de Tóquio entre junho e setembro de 2018 e aprofunda as discussões apresentadas em depoimentos de artistas indígenas e de artesãos e estudiosos japoneses.

O documentário contrapõe a esse registro cenas da aldeia Kaupüna, Território Indígena do Xingu, entrevistando artistas e mostrando a fabricação dos bancos desde a escolha das madeiras até o acabamento, expondo as técnicas e ferramentas utilizadas, as pinturas com grafismos típicos e a simbologia que os atravessa. Alternando-se entre esses dois universos, Xingu-Tokyo: Conexão Ancestral propõe documentar a revelação dos bancos indígenas brasileiros, para os artistas que os produzem e para o mundo, como obras de arte.

Desta forma o filme evidencia uma proximidade tão inesperada quanto incontestável entre o mundo dos povos indígenas do Brasil e o Japão. Os pontos de contato entre essas culturas – ambas ritualizadas, animistas, permeadas pela reverência à tradição e a abertura para o novo – vão sendo revelados pelos depoimentos de Toyojiro Hida, diretor do Museu Teien, Shuji Nakagawa, importante artesão japonês, Mayawari Mehinaku e Toyo Ito, arquiteto laureado com o Prêmio Pritzker em 2013 que assinou a expografia da mostra.

O filme mostra como a montagem da exposição foi pensada para despertar nos visitantes tanto o fascínio pela beleza como o assombro e a inquietação provocados pelas figuras silenciosas dos animais esculpidos na madeira, vindos das florestas brasileiras para o ambiente asséptico e branco do museu japonês.

Sob direção de Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Pedro Jezler – que captou as imagens no Japão – e Rafael Costa – que captou as imagens no Brasil – o documentário fala de ancestralidade, arte e identidade ao mesmo tempo que celebra a sofisticada cultura dos povos originários brasileiros.

A Coleção BEĨ de Bancos Indígenas, cuja exposição é retratada no documentário, abrange mais de 1.300 peças oriundas de povos de diferentes regiões. Os bancos aliam funcionalidade e beleza. Ao mesmo tempo que são reconhecidos como objetos de arte e design, preservam sua dimensão religiosa e simbólica. Por sua extensão e importância, a Coleção BEĨ é hoje uma referência em arte indígena brasileira. Seus bancos vêm sendo expostos em instituições do Brasil do mundo, contribuindo para abrir novos horizontes de reflexão sobre as complexas inter-relações entre as artes tradicionais e a cultura contemporânea.

Sessão de pré-lançamento e debate

Documentário: Xingu-Tokyo: Conexão Ancestral

Debate: Arte indígena: estética e representação (Tomas Alvim e Mayawari Mehinaku)

Data: sábado, 20 de abril

Horário: 10h30

Local: Cineclube Cauim

Endereço: Rua Olavo Bilac, 135

Gratuita e aberta ao público

Exposição Mayawari Mehinaku

Data: quinta-feira, 18 de abril e sexta-feira, 19 de abril

Horário: das 9h às 21h

Local: Sala Clara Cauchik”, no espaço da Secretaria da Cultura e Turismo, no Shopping Santa Úrsula.

Aberto ao público

NANDO MEDEIROS

Learn More →

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *