Evento marcou o primeiro ano em que o Dia da Consciência Negra foi feriado nacional
Gente de todas as raças, cores e credos religiosos prestigiou a primeira edição do Festival da Cultura Afro-Brasileira que aconteceu em Ribeirão Preto entre os dias 19 e 22 de novembro. Realizado pela Comunidade dos Embaixadores e pela Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da lei de incentivo cultural Paulo Gustavo, o evento de celebração à negritude marcou o primeiro ano em que o Dia da Consciência Negra é considerado feriado nacional.
João Antunes, diretor na Secretaria Municipal de Justiça, na ocasião representando o prefeito Duarte Nogueira, afirmou que o Festival é um dos resultados de um trabalho transversal e multidisciplinar desenvolvido pela atual gestão nas comunidades do entorno da Vila Carvalho (Vila Mariana, Vila Elisa, Ipiranga, Tanquinho, Quintino Facci, Adelino Simioni, Jóquei Clube, Jardim Aeroporto, Campos Elíseos, Vila Albertina, Salgado Filho, Heitor Rigon e Jardim Independência, entre outros), sempre com o apoio da população daquela região.
Para Mariana Jábali, presidente do Fundo Social de Solidariedade, também presente à abertura do evento, o Festival coroa anos de existência, resistência e luta da comunidade dos Embaixadores. “Compartilho todos os esforços feitos no sentido de criar uma comunidade coesa, unida, alegre, que superou dificuldades e se fortaleceu ao longo dos anos, hoje enaltecida por este evento que celebra suas raízes, culturas e tradições”, observou.
Representando o Legislativo na abertura do evento, o vereador Matheus Moreno também elogiou o Festival por promover o fomento, incentivo e resgate dos valores da cultura afro-brasileira, “não apenas entre as comunidades da Vila Carvalho e arredores, mas em toda a cidade de Ribeirão Preto”.
Uma das lideranças da comunidade, Luiz Carlos Nascimento, mais conhecido como Seo Nascimento, disse emocionado que o Festival da Cultura Afro-Brasileira é um sonho antigo, de mais de 50 anos, agora concretizado com a ajuda de amigos e parceiros. Há 57 anos ele fundou o Grêmio Social, Desportivo e Cultural da Comunidade dos Embaixadores, associação cultural afro-brasileira que se tornou um importante ponto de cultura negra na região. “Hoje, vejo que construí algo pelo qual sempre lutei e que tem muita importância para a comunidade ao reunir, em um único espaço, arte, cultura e conscientização da negritude. Essa foi apenas a primeira de muitas edições que ainda virão”, concluiu.