Assinatura da ordem de serviço ocorreu nesta quinta-feira, 21
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Buscando melhorar a gestão dos recursos hídricos para o abastecimento de Ribeirão Preto, a Saerp assinou hoje, 21, através de seus representantes, o prefeito Duarte Nogueira e o secretário da Saerp, Antonio Carlos de Oliveira JR, a ordem de serviço para o início do estudo inédito sobre o Aquífero Guarani.
Ao todo, a Secretaria está investindo mais de R$ 2 milhões para o estudo, financiados junto à FEHIDRO, com início em janeiro de 2024, que irá se aprofundar nas características hidrogeológicas do manancial.
“O nosso objetivo é avaliar a disponibilidade hídrica e tornar a gestão do abastecimento através do Sistema Aquífero Guarani (SAG) em Ribeirão Preto ainda mais eficiente, com o monitoramento dinâmico e aprofundado do aquífero, principalmente na zona não aflorada, visto que temos dados históricos, que são excelentes, entretanto, não são concretos, isto é, com avaliações in loco nos próprios poços, como está previsto para esse estudo”, explica o professor Ricardo Hirata, especialista à frente do projeto.
O estudo previsto pela Saerp é um trabalho inédito, pois irá se aprofundar na região não-aflorada do Aquífero Guarani, que corresponde quase 70% da extensão do manancial em Ribeirão Preto e a maior parte explorada para o abastecimento do município, que tem seu sistema composto por 120 poços profundos, que explotam em média 250 m³/h cada, a água diretamente do aquífero para a rede de distribuição.
“Sabemos que o consumo de água em Ribeirão é muito intenso, ultrapassando 250 litros por habitante por dia, bem maior que o da capital paulista, o que nos preocupa, tanto para garantir o abastecimento da cidade no futuro, quanto a preservação desse recurso. Por isso que o estudo do SAG é essencial para ofertar a segurança hídrica a longo prazo para as próximas gerações, e isso vai ser uma realidade ao combinarmos esse estudo inédito juntamente com o outro grande investimento da Saerp, o Projeto Básico de Uso das Águas Superficiais do Rio Pardo”, alega o prefeito Duarte Nogueira, durante a assinatura da ordem de serviço.
Foto: Guilherme Sircili
Segurança hídrica e preservação dos recursos em Ribeirão Preto
Atualmente, Ribeirão Preto tem 100% de atendimento de abastecimento de água. Entretanto, para que essa realidade seja contínua, no futuro, é necessário que o sistema de abastecimento do município não dependa somente de um manancial, como o Aquífero Guarani.
“Nós já vínhamos buscando um novo manancial, após uma notificação da ANA, Agência Nacional de Águas e Saneamento, visto que pela estrutura do SAG e por não termos um conhecimento real e aprofundado da disponibilidade do aquífero, não seria possível, a longo prazo, assegurar o abastecimento de qualidade como fazemos hoje na cidade. Por isso estamos investindo R$ 3 milhões, financiados junto à Caixa Econômica Federal, no Projeto Básico do Rio Pardo, que irá trazer a viabilidade técnica, operacional e ambiental para implantarmos um sistema de abastecimento de águas superficiais, que irá complementar o sistema atual”, explica o secretário da Saerp, Antonio Carlos de Oliveira JR.
E para ter dados aprofundados sobre a disponibilidade do Aquífero Guarani e do uso eficiente da água desse manancial, a Saerp está investindo no estudo inédito do SAG.
A previsão da Secretaria é realizar pesquisas em campo, nos poços, principalmente na zona não-aflorada, localizados nas regiões Sul, Oeste e Norte, a fim de identificar as características hidráulicas desses pontos.
Com o estudo de resiliência do Aquífero Guarani, que trará a situação real da disponibilidade do manancial e dados para uma gestão eficiente do uso desta água, a Saerp prevê melhorar o planejamento do abastecimento a longo prazo para a população de Ribeirão Preto.
“Recentemente, iniciamos a perfuração de dois novos poços, nas regiões Leste e Oeste da cidade, colocamos em operação mais duas áreas de abastecimento, estamos revitalizando outras, implantando mais de 50 quilômetros de novas adutoras, otimizando a distribuição do abastecimento, mas para que tudo isso seja realmente eficiente, isto é, que assegure que a água chegue, de forma ininterrupta, na torneira da população, é necessário também uma gestão eficiente e um bom planejamento das fontes de produção dessa água, que hoje é somente o Aquífero Guarani e no futuro será também o Rio Pardo”, conclui o secretário.