Mostra que conta com apoio do MIS de São Paulo, traz informações e materiais inéditos sobre o músico conhecido como “Príncipe Negro”
Foto: Divulgação
No dia 19 de dezembro, próxima terça-feira, estreia no Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto (MIS-RP) a exposição “Euclydes de Araújo Senna: O Príncipe Negro da Música Brasileira”, uma parceria com o MIS de São Paulo por meio do programa Conexões Museus SP, do SISEM-SP.
Com entrada gratuita, a mostra traz informações e materiais – muitos deles inéditos – do artista que é uma personalidade importante da região de Ribeirão Preto e figura chave para a música brasileira e sua difusão na América Latina. A exposição tem como fio condutor a trajetória artística e pessoal de Euclydes de Araújo Senna, o Príncipe Negro, e reunirá um acervo de fotos do artista, além de um acervo documental preservado pelo MIS Ribeirão Preto.
Os destaques incluem documentos doados pela viúva do músico, Gualberta Alcunha, e a partitura de uma de suas composições. Resultado de uma curadoria compartilhada entre os dois museus, a exposição busca o fortalecimento da rede temática e da própria parceria já existente entre as instituições.
A escolha de explorar a história de Euclydes visa estimular e tornar acessível o conhecimento sobre sua obra, além de preservar a memória de um importante personagem local e explorar a memória do chorinho no estado e na região.
Sobre o Príncipe Negro.
Considerado o maior divulgador do samba e da música popular brasileira na América Latina, mesmo com a circulação e destaque internacional do seu trabalho e carreira, a trajetória do Príncipe Negro ainda é pouco conhecida no Brasil e na região de Ribeirão, cidade que sempre amou e para qual sempre retornou. Músico polivalente, além de maestro, dançarino e cantor, Euclydes de Araújo Senna destacava-se especialmente ao empunhar o saxofone como seu instrumento principal.
Desempenhou um papel pioneiro ao promover a música brasileira na América Latina, em especial o samba e o choro, feito em paralelo ao impacto de Carmen Miranda na América do Norte. No entanto, a história relegou Euclydes ao esquecimento e sua trajetória não alcançou a mesma grandiosidade de Carmen, sendo afetada por diversos fatores, inclusive o persistente preconceito racial.
Reconhecido precocemente aos 16 anos por ninguém menos que o mestre Pixinguinha, nos anos 1920 embarcou em uma jornada pelo mundo, compartilhando sua arte e conquistando prestígio e prêmios por onde passava. Ganhou o apelido de Príncipe Negro no México ao conquistar o terceiro lugar em um importante concurso internacional de saxofones, um título e apelido que carregaria consigo para sempre.
A exposição é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Museu da Imagem e do Som, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto e Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto.
Serviço
Euclydes de Araújo Senna: O Príncipe Negro da Música Brasileira
Duração: 19/12/23 a 26/04/2024 (recesso de 22/12/2023 a 08/01/2024)
Horário: Terças a sextas, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Local: MIS-RP
Endereço: Rua Cerqueira Cesar, 371, Centro – Ribeirão Preto
Ingresso: gratuito
Classificação indicativa: livre