Ribeirão Preto recebe título de primeira cidade do mundo no tratamento de AVC

O programa Cidade Angels tem como objetivo qualificar cidades que estão comprometidas em melhorar a linha de cuidado do AVC em suas comunidades

O programa Cidade Angels tem como objetivo qualificar cidades que estão comprometidas em melhorar a linha de cuidado do AVC em suas comunidades

Foto: Fernando Gonzaga

Em cerimônia que aconteceu na manhã desta sexta-feira (27), na sede da Prefeitura, Ribeirão Preto recebeu a certificação de 1ª Cidade Angels no Mundo no tratamento de excelência do AVC – Acidente Vascular Cerebral.

O Programa Cidade Angels uma Iniciativa Angels, organização global que trabalha para melhorar a qualidade do atendimento ao AVC e tem como objetivo qualificar cidades que estão comprometidas em melhorar a linha de cuidado do AVC em suas comunidades.

O programa teve início no Brasil em 2017 e está presente em mais de 140 países e mais de 8 mil hospitais participantes da iniciativa em reconhecer a cidade comprometida com o tratamento do AVC e comprometida com a população.

Em seu discurso, o prefeito Duarte Nogueira, ressaltou a importância em receber a titulação e ressaltou a dedicação, perseverança e obstinação dos envolvidos no projeto que faz de Ribeirão Preto, centro de referência em saúde.

“Ser a primeira cidade Angels do mundo tem que ser compartilhado com todos os 700 mil habitantes da cidade e toda a equipe que articuladamente ajudou isso acontecer. É fantástico, indescritível a emoção que estamos sentindo nesse momento”, disse Duarte Nogueira.

A Secretária da Saúde, Jane Aparecida Cristina ressaltou que a certificação é um trabalho desenvolvido durante décadas.

“Esse é um trabalho que lutamos desde a época que eu estava no Samu em parceria com o Hospital das Clínicas, com o Dr. Otávio e agora, essa possibilidade que tornou a proposta uma realidade. Agradeço a todos os envolvidos”.

“Essa iniciativa que está sendo coroada hoje, é um atestado de dever cumprido, reconhecimento de um trabalho árduo e desenvolvido na direção certa”, comemorou o embaixador do projeto Cidade Angels, o médico do Hospital das Clínicas Octávio Marques Pontes Neto.

A presidente da Boehringer Ingelhein no Brasil, Andrea Sambati, empresa parceira no projeto, falou do empenho e trabalho para torna-lo realidade em Ribeirão Preto.

“Eu sei que esse trabalho não começou hoje e com muito esforço, chegamos a esse resultado, e a partir de hoje, Ribeirão Preto é reconhecida globalmente como excelência no tratamento de AVC, diagnosticando, recebendo o paciente para tratamento dentro da janela necessária para que o paciente tenha o benefício”.

Em Ribeirão Preto, a parceria entre as Secretarias Municipais da Saúde e da Educação, por meio do PSE – Programa Saúde na Escola, teve por objetivo a conjugação de esforços que visam, por meio de articulação intersetorial de ações, a promoção à saúde e prevenção das doenças/agravos.

O PSE municipal inseriu em suas ações a atividade de identificação e condutas frente ao AVC para crianças, por meio da utilização da campanha FAST HEROES em escolas da cidade, que foi desenvolvida pelo Departamento de Educação e Política Social da Universidade da Macedônia, a qual tem o apoio da INICIATIVA ANGELS.

A coordenadora do programa da Saúde da Criança e Adolescente da secretaria municipal da Saúde, a médica Marcia Motta, falou da parceria de sucesso.

“Quando recebemos essa missão a ideia foi utilizar o programa Saúde na Escola como voluntários nesse projeto”.

“Na secretaria da Educação, a articulação para envolver dez escolas com 800 alunos participando, nessa primeira ação, alcançou 3, 2 mil alunos e para 2024, essa mesma ação a projeção é alcançar 12 mil alunos. Isso é muito importante, a educação transforma e salva vidas”, disse a secretária adjunta da Educação, Claudia Remonti.

O AVC

Pensando que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma epidemia global que ameaça a vida, a saúde e a qualidade de vida, a inclusão da temática nas ações do PSE torna-se uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a gravidade, às altas taxas de ocorrência e como reduzir o peso do problema por meio de uma melhor conscientização do público sobre os fatores de risco e os sinais de AVC.

NANDO MEDEIROS

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