Centro em obras: 360 esquinas ganham rampas de acessibilidade ao mesmo tempo; entenda porquê

Rampas devem ser construídas antes da troca do asfalto em 7 km de ruas e avenidas, causando impressão de ‘obra inacabada’

Rampas devem ser construídas antes da troca do asfalto em 7 km de ruas e avenidas, causando impressão de ‘obra inacabada’

Foto: Guilherme Sircili

Os sete quilômetros de corredor de ônibus no Quadrilátero Central abrangem duas avenidas e quatro ruas. São 90 quarteirões, onde o pavimento já começou a ser totalmente trocado por asfalto de alta resistência para suportar o peso dos veículos por muitas décadas. Mas a substituição do piso é a última etapa do processo; só acontece depois que a empresa responsável pela obra realiza os outros serviços previstos – adequação das calçadas nas esquinas, seguida da instalação de pisos podotáteis e de rampas de acessibilidade.

E é aí que as coisas ficam aparentemente ‘bagunçadas’ por um tempinho, até que o asfalto seja trocado e a obra finalizada naquele trecho, conforme explica o secretário Municipal de Obras Públicas, Pedro Pegoraro. “Depois de construídas as rampas, nas calçadas, a construtora não faz um acabamento perfeito ao redor delas, na pista, porque nos próximos dias o asfalto será refeito e, portanto, seria um trabalho inútil, além de desperdício de dinheiro”, explicou.

O secretário de Obras ainda lembrou que, em cada quarteirão, são quatro esquinas. Ou seja, com a soma de 90 quarteirões, temos 360 esquinas para adequar. “Mas a boa notícia é que esta etapa terminará em breve e, depois que a obra toda terminar, o Centro terá a revitalização que há muito tempo merece, além de ganhar um corredor que agilizará o trânsito e o transporte coletivo”, avisou.

As avenidas por onde passarão o corredor do Quadrilátero Central são a Jerônimo Gonçalves e a Francisco Junqueira. E as quatro ruas do corredor são a Visconde de Inhaúma e a Barão do Amazonas (da Francisco Junqueira à Nove de Julho) e a Florêncio de Abreu e a Lafaiete (da Jerônimo Gonçalves até a Independência).

Obras na Nove de Julho também interferem no Centro

Além da obra do corredor do Quadrilátero Central, que recebe investimentos da ordem de R$ 20 milhões e está sendo executada pela Construtora DGB, com prazo de entrega previsto para maio do ano que vem, a região central vive o impacto de outra grande obra, executada pela empresa Metropolitana.

Neste caso, o investimento é de R$ 31 milhões e garantirá, além da revitalização completa da Nove de Julho, a construção de um corredor de ônibus na avenida, que é tombada pelo Conppac. O contrato ainda prevê a construção de mais de 3 km de galerias de águas pluviais, descendo da Nove de Julho até a avenida Francisco Junqueira por duas ruas da região central – a Marcondes Salgado e a São José. O objetivo é acabar com os alagamentos provocados pelas chuvas na região.

Cidade será unida por corredores

O corredor do Quadrilátero Central faz parte do programa Ribeirão Mobilidade, criado em 2017, que abrange 30 grandes obras viárias para melhorar o trânsito e o transporte coletivo em toda a cidade.

Dessas, 19 já estão prontas, inclusive seis dos 11 corredores de ônibus que se interligarão, unindo a cidade de ponta a ponta por uma malha viária de 56 km de extensão.

Cerca de 3 milhões e 500 mil passageiros de ônibus serão beneficiados mensalmente, além de cerca de um milhão de veículos de Ribeirão Preto e da região que circulam pela cidade.

NANDO MEDEIROS

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