Será realizada a demolição do muro existente, reconstituição do novo muro, reboco e pintura; a previsão para conclusão é de 20 dias
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Nesta quarta-feira, 20 de setembro, a Secretaria Municipal da Educação deu início a uma importante intervenção no muro do prédio que já abrigou o “Lar Santana”, situado na Vila Tibério. A ação tornou-se necessária após a interdição preventiva da calçada pela Defesa Civil na semana passada.
Neste estágio inicial da obra, a área está sendo preparada. A empresa responsável pelo projeto está realizando a limpeza da região, removendo cercas de arame e vegetação. Os próximos passos envolvem a demolição do muro existente, seguida pela reconstituição do novo muro, reboco e pintura. A previsão é de que a intervenção seja concluída em 20 dias.
A Secretaria da Educação submeteu uma solicitação de urgência ao CONPPAC (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural) para obter a autorização necessária para essa intervenção no muro. Além disso, projetos de revitalização e restauração do prédio estão atualmente em análise no Conselho.
Após a aprovação desses projetos, a prefeitura poderá dar início à licitação e, posteriormente, à execução da obra.
O secretário municipal da Educação, Felipe Elias Miguel, enfatizou que a revitalização do prédio que abrigou o “Lar Santana” é uma maneira de resgatar a história e a memória da comunidade da cidade e da Vila Tibério.
Lar Santana – O “Lar Santana” tem uma história rica, tendo sido fundado em 1931 pela Ordem das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição. Durante 82 anos, trabalhou como escola e, em determinado período, serviu como orfanato sob a liderança da madre Maurina Borges da Silveira.
Madre Maurina desempenhou um papel significativo na história do “Lar Santana” e da comunidade. Em 1969, ela foi presa sob acusação de proteção de militantes contrários à ditadura militar, sendo submetida a torturas, incluindo sessões no pau-de-arara e choques elétricos. Após cinco meses de prisão, ela foi extraditada para o México, em março de 1970, como parte de um acordo que envolvia o sequestro do cônsul japonês Nokuo Okuchi por militantes de esquerda. Madre Maurina esteve 15 anos fora do país, retornando em 1985.